domingo, 27 de junho de 2010

Orgulho do Brasil
Nada como a Copa do Mundo a cada quatro anos para mexer com nosso sentimento patriotico de orgulho pelo Brasil.
Pela cidade vemos casas enfeitados, carros circulando com bandeirinhas,lojas enfeitadas com adereços verde amarelos,traduzindo o amor pelo pais e,pelo futebol onde nossa autoconfiança é muito forte.
Nessa materia somos reconhecidos no mundo todo como os mais talentosos e, cada copa a seleção brasileira é considerada um forte candidato ao titulo.
Essa sensação "gostosa" de admiração une os brasileiros e, sentimos um grande orgulho do Brasil.
O jogador brasileiro definitivamente tem talento nato para o futebol e, por mais que vendamos nossos craques para as principais ligas mundiais,sempre surgem novos em grande quantidade.
Minha tese é que nós também temos o mesmo talento em outras areas da vida profissional e,deveriamos ter o mesmo orgulho dos nossos empresarios, das empresas brasileiras,dos executivos e tecnicos nas mais diversas especialidades.
Se tivermos a mesma autoconfiança positiva poderemos conquistar o reconhecimento de outros povos,como já conseguimos no futebol.
Na era de globalização onde as oportunidades são disputadas por muitos e,os melhores preparados conquistam os melhores lugares ao sol!
Eu tenho percebido um desanimo muito grande dos empresarios e empresas brasileiras sobre a nossa capacidade de competir com os asiaticos,principalmente China e India,entretanto,acredito que o  talento como o que conseguimos no futebol pode ser desenvolvido em muitas outras areas dos negocios, das artese, assim vai.
Precisamos de ferramentas de planejamento estrategico,competitividade de preços,pessoas capazes de se comunicar em outros idiomas.Tudo isso é necessario mas a raiz de tudo é o orgulho do Brasil e a auto confiança sobre nossa capacidade de conquistarmos o que desejarmos.
Que o exemplo da copa de futebol sirva de estimulo e motivação.

domingo, 20 de junho de 2010

SHOW DE BOLA!

A bola que eu estou me referindo não é a nossa amada bola de futebol,nesses dias de Junho tratada por jabulane,eu estou me referindo a bola de beiseball!
Estava a viagem em Detroit nos Estados Unidos e,fui convidado por um amigo,para assistir um jogo de beiseball, o primeiro na minha vida.
Com meu interesse em marketing e em conhecer coisas novas concordei rapidamente.
O jogo em si tem uma dinamica muito apreciada pelos norte-americanos,mas que não corresponde ao meu maior interesse muito acostumado,que estou ao futebol,entretanto,no quesito marketing eles dão um verdadeiro show de bola!
A organização e o entretenimento são absolutamente UAU!
O estadio é perfeito,facil acesso,estacionamento,lugares numerados e marcados aguardando por você.Corredores de chegada largos, bem sinalizados.Uma pessoas te aguardando para dar uma ultima limpada no seu assento antes que voce se sente.

Como todos os locais de turismo,entretenimento e lazer nos EUA,na entrada tem uma loja de souvenir vendendo uniformes,lembranças e bugigangas gerando  grande renda extra para o espetaculo.

A entrada dos jogadores de ambos os times é um acontecimento com suas fotos e biografias aparecendo no telão ,criando grande expectativa pelas apresentação dos idolos que são ovacionados,quando entram em campo.

Nos intervalos as pessoas continuam sendo entretidas por show de fogos, danças,informações sobre as campanhas dos times e, sorteios de automoveis...O tempo passa muito rapido e, não dá tempo para que as torcidas criem ações de agreção mutua.

Alias,o jogo é para familias que aparecem em grande numero.

As empresas tambem utilizam o jogo como um evento de realcionamento com seus clientes, fornecedores e incentivo para funcionarios.Para isso existe uma grande area dedicada aos camarotes,com serviço completo de bar e comida.

Ao redor do anel das arqubancadas existem restaurantes  fast-food, bares e outras lojas de serviço e conveniencia.As pessoas se movimentam com facilidade,podendo cisrcular livremente,durante a partida sem atrapalhar os outros .
Se voce pedir existem garçon circulando com bebidas,para atende-lo no seu local.

Ao final do jogo a saida ocorre sem sobressaltos,sem brigas e, com algum congestionamento que se dissipa num espaço de tempo bastante razoavel.

Enfim,para mim interessado em conhecer a famosa organização dos americanos nos eventos esportivos foi uma confirmação das inumeras possibilidades de receita ,num evento feito com tamanho profissionalismo.

O estado estava cheio com todos so lugares vendidos muito tempo antes do jogo.As empresas são rentaveis e,para as pessoas que gostam do esporte e,querem participar no campo é um momento de grande entretenimento em lazer.

sábado, 19 de junho de 2010

O mercado parece as vezes um deserto sem pistas.Mas deve haver,em algum lugar,um oasis acolhedor e promissor.Para encontrar esse recanto de oportunidades,é necessário desbravar,descobrir caminhos,desvendar mistérios.E,para isso é preciso uma bussola e um sonho.
Se o sonho dá a direção a bussola dá a orientação.

Roberto A.Tranjan

Livro Pegadas
O Roberto Tranjan é um grande lider brasileiro da nova geração de autores dedicados a questionar as praticas de gestão das empresas brasileiras levando empreendedores e lideres empresariais a reverem suas


Bola de meia,Bola de Gude.

"Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração.Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão.Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal.Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão.Ele fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir:Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor.Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver


Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal!!!"

É sempre bom relembrar...7%

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio




"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:



1. A vida não é justa, mas ainda é boa.



2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno..



3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.



4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente.

Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.



5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.



6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.



7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.



8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.



9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.



10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.



11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.



12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.



13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.



14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.



15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.



16. Respire fundo. Isso acalma a mente.



17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.



18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.



19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.



20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.



21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic.



Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.



22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.



23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.



24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.



25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..



26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'



27. Sempre escolha a vida.



28. Perdoe tudo de todo mundo.



29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.



30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..



31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.



32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.



33. Acredite em milagres.



34.. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.



35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.



36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.



37. Suas crianças têm apenas uma infância.



38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.



39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.



40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.



41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.



42. O melhor ainda está por vir.



43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.



44. Produza!



45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.





Estima-se que 93% não encaminhará isto. Se você for um dos 7% que

o farão, encaminhe-o com o título 7%.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu quero exportar como as coisas acontecem?

Eu iniciei minhas primeiras tentativas de exportação no inicio dos anos 80, bem antes da era da globalização,quando os países de primeiro mundo tinham os mercados economicamente rentáveis,comercialmente muito ativos e, fechados permitindo que as empresas não precisassem comprar de países “low cost” e, se protegessem através de barreiras tributarias legal ou das certificações ISO 9000.

Minhas primeiras iniciativas ocorreram na America do Sul, no Chile, Peru, Colômbia, Venezuela, mas logo percebi que não havia grandes oportunidades nessa região, pois, as peças fundidas já vinham montadas em subconjuntos dos Estados Unidos ou da Europa. Assim, se quisesse vender fundidos teria que ir direto a esses mercados, na ocasião muito mais sofisticada e profissionalizada que nós.

Como fornecíamos para algumas empresas de origem européia decidimos iniciar pela Europa oferecendo para as casas matrizes das empresas que atendíamos aqui no Brasil.

Os primeiros passos foram difíceis, pois, os clientes europeus estavam acostumados a comprar de fornecedores do próprio pais ou no maximo de outros países do mercado comum europeu.

Quando batíamos em suas portas para nos apresentar achavam que estávamos loucos, pois, o Brasil não era um fornecedor de componentes industriais e, sim o pais do futebol, do carnaval e, lindas praias. Nem a caipirinha era conhecida naquela época...

Entretanto, eu sabia que se conseguíssemos quebrar a resistência inicial e, tivéssemos uma chance nós seriamos capazes de vencer. Acho que o orgulho de ser brasileiro e do Brasil me motivavam tanto ou mais do que o novo cliente e, o pedido em si.

No segundo ano de atividades na Europa não sei se por profissionalismo precoce ou sorte de principiante, conseguimos garimpar um cliente potencial e, conquistar um pedido de 700.000DM (setecentos mil marcos alemães).

Quando eu chegava à recepção de empresas de pequeno e médio porte via um mapa mundi com alfinetes indicando, para onde as empresas exportavam e, isso incluía o mundo todo.

Ficava impressionado com a capacidade de empresas daquele porte fazerem negócios internacionais e, ampliarem suas fronteiras comerciais.

Vendo a força daquelas economias e, das próprias empresas eu entendi que para serem lideres em seus setores as empresas precisam se preparar para os desafios da livre competição, que nunca foram poucos.

Eu compartilhava da idéia que se a empresa quisesse ser líder teria que se preparar para competir globalmente e, acreditava que era possível nos tornarmos um fornecedor “Best in class”. Era questão de tempo e, de evoluirmos juntos.

Esse antigo método hoje e sempre será o modo mais eficaz para perenizar empresas, pois, a necessidade de investir em novos e melhores produtos, desenvolver processos, capacitar à equipe, inovar na forma e na atenção ao cliente é o melhor antídoto a obsolescência empresarial.

Essa era grande barreira do inicio dos anos 80 e, depois vieram muito outras e, fomos superando uma a uma e, conquistando nosso lugar ao sol.

No final de 2008 antes da crise financeira internacional que acarretou uma grande retração no mercado global era responsável por exportações de fundidos de USD 14 milhões por ano e, olhando para trás via importantes clientes e projetos conquistados, muitos dos quais éramos fornecedores únicos.

Olhando para frente me via desbravando novas fronteiras na Escandinávia e, no leste europeu agora parte da comunidade européia, pois, em busca de menores custos muitas empresas transferiram suas fabricas para lá.

Por isso, a crise atual da concorrência asiática com preços muito mais baixos não deve ser minimizada e, as condições de concorrência desiguais também, alem do custo Brasil e de tantas outras restrições que existem e são reais. Mas tudo isso faz parte do mundo da escassez e, muitos falam todos os dias.

Eu quero falar do mundo de oportunidades, pois, dificuldades sempre existiram apenas mudaram de forma ao longo do tempo.

Todos os “fantasmas”, “dragões” e “assombrações” que enxergamos todos os dias não me tiram a crença que é possível exportar, pois, este momento oferece oportunidades e ameaças, como tantas outras crises que enfrentamos e superamos. Certamente a concorrência se tornou muito mais complexa e, temos que nos preparar muito melhor. Ações meramente intuitivas como no passado são onerosas e, o processo de tentativa e erro consome recursos das fundições, portanto,o planejamento estratégico da exportação é fundamental.

Perguntas como, qual é o nosso foco, em que nichos queremos competir, quais são os nossos diferencias, o que nos torna únicos perante nossos clientes, que competências nossos clientes valorizam.

Aqui como lá, fornecedores qualificados não se encontram aos montes e, não digo qualificados apenas sob o ponto de vista técnico, mas sob o ponto de vista humano, pois, por trás de um CNPJ sempre existe um CPF... Não são muitas as empresas que se interessam de forma autentica a entender o negocio do cliente e, se preparam para atende-lo,sob o ponto de vista do cliente. Estamos na era das vendas 3.0.

Eu acredito que as boas fundições brasileiras que atingiram esse estagio de maturidade, se tiverem uma chance e, conquistarem um primeiro pedido tem tudo para crescer e, prosperar no mercado externo.

Ainda existe o aspecto das diferenças culturais. Muitos de nós somos descendentes de europeus ,norte-americanos e, fomos educados dentro desses princípios,ao passo que os asiáticos pertencem a civilizações milenares e,tem suas tradições muito fortes em seu modo de pensar e agir.Isso logicamente cria uma dificuldade adicional,no relacionamento cliente - fornecedor gerando diferenças de entendimento e, dificultando o relacionamento.São aspectos que se soubermos usar a nosso favor podem nos ajudar a conquistar clientes,nos nichos que escolhermos e, onde estão nossas principais virtudes.

Mesmo num mercado globalizado as empresas não compram somente preço e, os clientes podem pagar mais para bons fornecedores, que estejam dispostos a entendê-los. Precisamos garimpar os nossos nichos, encontrar nossas pepitas de ouro e, fazer que os clientes percebam o valor que agregamos ao negocio deles.

Neste ponto, alguns lideres visionários devem estar pensando por que não tentar exportar, expandir os horizontes do negocio ao invés de deixar todos os ovos na mesma cesta.

Para quem se interessou no tema numa próxima oportunidade irei escrever sobre como fazer e, como as coisas acontecem sob o ponto de vista de quem foi lá e, conquistou um lugar ao sol.

Artigo escrito e pu blicado na revista Fundição e materias Primas,da ABIFA

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dizem que é incensatez esperar resultados diferentes,se continuamos a fazer as coisas do mesmo jeito!
Se acreditamos nesse pensamento a palavra MUDAR ganha muita força ,pois, esta é a unica certeza que o que vem a frente será diferente do hoje.
Pensando em novas ideias que podem dar certo,me ocorreu de iniciar uma serie de reflexões sobre o tema da mudança e sobre a força da palavra mudar.Fui atras de pensadores e o que eles disseram sobre este assunto desafiador,que em algumas pessoas atiça o senso de inovação e em outras o medo da mudança,do novo,do desconhecido.
Para iniciar nossas reflexões escolhi Joseph O'Connor autor do pensamento inicial desta postagem
"Se você continuar fazendo o que sempre fez,continuará obtendo o que sempre conseguiu.
Para conseguir algo diferente,faça algo diferente".
Como  observador e estudioso do marketing muitas vezes encontramos pessoas autodidatas,com uma inspiração nova ,para MUDAR a forma como as coisas são feitas.
Um campo fertil para observar a capacidade de inovação é observar os vendedores ambulantes na praia,isso mesmo na praia.
O cenario é de um mercado altamente competitivo congestionado,por ofertantes a grande maioria repetindo produtos iguas,sem diferenciação nos serviços.A maioria nem um pouco preocupada em servir o cliente,mas em se servir do cliente ,para resolver seus proprios problemas.
Eu me lembro de um vendedor de kibes e esfiras,que "vende seu peixe" em Ipanema.
Começa que ele se veste como um arabe,com a vestimenta propria da região.Às pessoas que se interessam por seus produtos oferece uma serie de molhos frescos feitos artesanalmente e, enquanto as pessoas degustam os salgados espera calmamente que utilizem os molhos.Sòmente segue seu caminho ,quando a pessoa satisfeita libera suas pimentas.
Os salgados são muito frescos e saborosos nada que inspire a duvida da qualidade dos produtos e, elê praticamente não tem concorrentes.
Por sua vez ele esta sempre de bom humor estabelecendo uma relação muito agradavel com seus fieis clientes,que esperam por sua passagem para experimentar as delicias arabes em plena areia de Ipanema.
Seu sorriso em nada faz lembrar muitos outros que se arrastam pelas areias escaldantes,pedindo aos clientes potencias para que comprem para ajuda-los.
Deu para entender a grande diferença de abordagem?

sábado, 1 de maio de 2010

Sugestão de um bom livro de Vendas o conceito não é novo mas ainda muitos vendedores continuam caindo na armadilha de oferecer apenas o preço como diferencial.O autor chama a atenção que esse argumento é muito facil de ser copiado e,não gera fidelização.Sugiro a leitura:
Venda+Valor,Como vender valor e não preço.Autor Pedro Luiz Roccato.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A arte do diálogo


"Por pressa, orgulho, vaidade, presunção ou preguiça, perdemos o contato com o próximo", alerta o colunista de AMANHÃ Eloi Zanetti, consultor na área de marketing e comunicaçã.

 Em qualquer ambiente onde existem grupos com objetivos comuns, esbarramos numa dificuldade inerente: o saber se comunicar. Criamos sofisticadas formas de linguagens, avançamos na feitura de equipamentos e ainda não aprendemos a nos comunicar com eficiência com nossos parceiros de trabalho. Para a maioria das pessoas, a arte do diálogo - dio-logos, dois pensamentos - é muito complicada.

Perceber e entender as regras da boa comunicação não é difícil, qualquer um consegue. O difícil é praticá-las. Elas exigem atenção, escuta e concentração no outro. Atitudes que necessitam de despojamento, humildade, paciência e principalmente educação. É aí que "a coisa pega".


Estamos tão egocentrados que não enxergamos, nem escutamos os anseios do interlocutor. Por pressa, orgulho, vaidade, presunção ou preguiça, perdemos o contato com o próximo. Não é aula de catecismo, mas perceba como os sete pecados capitais são inimigos da boa comunicação.


Nós, comunicadores profissionais, perdemos tempo estudando objetivos, público-alvo, as melhores formas de emitir mensagens e até tentamos mensurar os resultados das nossas ações. Mas nos esquecemos do básico: a comunicação entre humanos se processa entre humanos e está atrelada aos nossos defeitos e virtudes.

Existem dezenas de maneiras de melhorar os relacionamentos interpessoais. Por exemplo: não cortar a palavra do outro enquanto ele estiver falando - senão dá a impressão de que você não se preocupa com a causa alheia e a comunicação se desmancha no nascedouro. Aprenda a usar a sua entonação de voz, principalmente ao conversar com as mulheres. Elas são mais suscetíveis ao modo e à altura das falas do que os homens. O grande poder de sedução de Cleópatra não era a sua beleza, mas a sua voz. Além de boa ouvinte e de dominar com maestria a arte da boa conversação, a rainha dos egípcios tinha um tom de voz encantador.

Calma e suavidade constroem o bom conversador. Por isso, fale devagar, atento às palavras que vai proferir. E, se for replicar uma provocação, siga os conselhos de Salomão: "A resposta branda acalma o furor, a palavra ferina estimula a ira". É dele também o provérbio: "As palavras ditas na hora certa são como maçãs de ouro em bandejas de prata". Durante a realização de um trabalho coletivo, mantenha seus parceiros informados sobre o que está realizando e as suas intenções sobre os próximos passos. Nos esportes, bons jogadores sinalizam os momentos certos para passes e recebimentos de bola. É bonita a cena do Pelé, menino, batendo a mão na cabeça, pedindo bola no jogo contra a Suécia na Copa de 58.


Um dos erros mais comuns na comunicação dos vendedores é não saber a hora certa de parar de falar. Muitas vezes, na cabeça do comprador, o negócio já está fechado e o vendedor continua falando. Isso faz o outro se lembrar da concorrência, refletir sobre suas reais necessidades, ponderar alternativas e tomar outra decisão, que pode ser até cancelar a compra.


Um dos comportamentos mais irritantes nos processos da comunicação é a falta do retorno - o feedback. Muitos dizem: "Não tive tempo para responder". Eu digo: "Foi falta de educação e não de tempo". Nem que seja apenas para dizer não, devolva a informação sobre o andamento dos trabalhos ao interessado.


O termo "palavra", em hebreu, quer dizer "instruir, guiar atenciosamente". Ou seja, funções de um líder. Quem não sabe se comunicar instruindo não serve para as ações de liderança. E, atenção: nos processos comunicativos, aquilo que não é dito com clareza, normalmente, é mais importante do que o que foi dito explicitamente. O essencial continua invisível para os olhos e ouvidos.